Esta é a sua casa,
a casa onde você viverá por muito tempo.
Decore estes limites,
acostume-se a querer fundir
seu conteúdo interior
ao conteúdo do espaço ao seu redor.
Esta é a sua casa
e estes são os ruídos da rua.
Assimile-os à sua tranquilidade,
e, se possível, jogue com eles,
invente rostos e histórias
para seus companheiros de ar.
Esta é a sua casa,
o paradeiro de seus pés latejantes
das caminhadas diuturnas do trabalho.
Deite-se em cada um de seus cantos,
descubra fins para o frio do chão,
o morno do tapete, o cálido da cama.
Esta é a sua casa,
não a macule com amigos falsos.
Traga sua mãe, seus irmãos de carne,
seus irmãos de fé, seus camaradas.
Coloque sua geladeira à disposição.
Coloque sua disposição no fogão,
ceda o sofá, os vinhos, a sobra do escasso tempo.
Esta é a sua casa,
esta é a sua cara,
o seu sorriso nas cores das paredes,
o seu sagrado na disposição dos móveis,
o seu contínuo na utilização dos cômodos,
o seu coração na integração com os sonhos.
Esta é a sua casa,
prepare-se para amá-la com a paixão dos dândis.
Prepare-se para estabelecer acordos com ela,
para implorar que ela nunca o abandone,
para perdê-la e ganhá-la quantas vezes o destino determinar.
Este é o pedaço de mundo que você pode chamar de seu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário