O espírito de um homem sobrevive
Ao corpo, à morte, à desintegração.
Eu deixo um pouco deste coração
Em cada tempo e chão no qual estive.
Eu deixo os bens que amei (e nunca tive
Um bem maior em retribuição),
E deixo a história minha de lição
Com todos os meus erros, inclusive.
Não é preciso ser um detetive
Pra ver que, na extensão desta existência,
Nossa existência muda de extensão.
Não é preciso armar-se de tal crença,
Pra ver que a vida vence, e, queira ou não,
O espírito de um homem sobrevive.
Um comentário:
Gostei professor ótimo poema.
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