Ao fitar a foto antiga, no sofá, bebê,
Tão difícil é destecer a vida que me resta!
Porque ela sempre esteve inteira nesse rostinho de festa,
Nesse riso boca aberta, sem vergonha de viver.
Ao fitar essa verdade de brilho castanho,
Do tamanho do universo (que era berço e fralda),
Entendo que corri atrás da minha própria cauda
E que tive mais vitórias do que ganhos.
Ao fitar meu futuro nessa alegria infante,
Terna, travessa e ignorante de si,
Entendo o porquê de tudo que vivi,
E entendo o que me espera adiante:
Quando eu crescer e atingir o ponto mais maduro,
Quero ninar e proteger meu eu-bebê do escuro.
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