domingo, 18 de janeiro de 2015

Superlua




A Lua gigantesca na janela.
Um livro aberto em versos eloquentes.
Um cobertor e um chocolate quente.
O silêncio mais sugere que flagela.

Estouro de pipoca na panela.
Vontade de levar pipoca aos dentes.
Resquícios de parceiros hoje ausentes.
Vontade de limpá-los na flanela.

Paredes condizentes com desejos
Tamanhos, incabíveis no organismo.
Telhados frágeis, prestes a explodir.

A luz da Lua mostra ao ser que ri
O amor, escancarando seu cinismo...
...e eu olho da janela e nada vejo.


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