Meu nome é pronunciado
sempre que palavras minhas
- organizadas por meu fígado
e arremessadas entre meus dentes -
resistem na superfície
das ondas de informação.
Meu nome permanecerá
quando o sangue estancar nas veias
e o que me define for morar
no lado escuro da Lua.
A você não deixarei
nem nome nem sangue de meu,
nem cantilenas alquebradas
que em nada me lembrarão.
O melhor do meu patrimônio
- seu, desde sempre e já -
é o livre e intemporal acesso,
palavra por palavra e além,
às clareiras da selva sem mapa
que julgam formar meu jardim.
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