Meus milhões de
defeitos justificam
Consequências que
caem sobre mim.
Cada vez que
transgrido um combinado
Punições põem-me à
parte do ruim.
Não reclamo das
penas imputadas,
Não reclamo de nada,
sei quem sou.
Só que, atrás dos
defeitos do caráter,
Há uma face que
nunca se mostrou.
Se essa face mirasse
o horizonte
Com seus olhos
profundos, comovidos,
Os carrascos que
araram minha carne
Lembrariam com dó
dos meus gemidos,
E as pessoas que um
dia me julgaram
Pelas leis rigorosas
de seus reinos,
Lembrariam que Deus
tem leis maiores
E que enxerga as
verdades que não vemos,
E eu teria sanções
na dose exata
De fazer-me melhor
para o outro dia,
De aprender pelo
aporte de meus erros,
De aceitar minha
própria companhia.
Um comentário:
Poema eliminado do I Concurso Antares de Literatura.
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