Há duas formas de entender a
história,
Há duas formas de ajustar a mente.
Ou você pode acreditar nos fados,
Acreditar que tudo está no trilho,
Ou você pode debandar de lado,
E acreditar que o mundo pede
auxílio,
E alimentar-se em fé renovatória:
Das duas, uma: ou marionete, ou
gente.
Se você quer do igual sempre a
vitória,
De um ego cego que só segue em frente,
Seu mundo fica pré-determinado,
Sem horizonte, ascende um sol sem
brilho.
Mas se do idílio está desenganado,
Se você crê que o ego é um
empecilho,
Você se afasta da verve ilusória.
Destrói disfarces imediatamente.
Das duas formas desse estar no
mundo,
Entre a quimera e o esforço de ser
pleno,
Apenas uma vale o próprio custo:
A escolha é decisão definitiva.
Quem semear com seu querer
profundo,
Quem mantiver seu coração sereno,
Verá passados e amanhãs sem susto:
Florescerá da própria iniciativa.
Existe humanidade além da dor,
Além do engano e além da solidão,
Quando o alienado aprende a ser
ator.
A escolha é sempre mais que um sim
ou não.
2 comentários:
Poema eliminado do III Prêmio Literário Cidade Poesia de Bragança.
!"Quando o alienado aprende a ser ator,
A escolha é mais que sim ou não".
Perfeito Vinicius!
Nem sempre os olhos "estão abertos" para perceberem a responsabilidade que há em cada escolha, seja por medo ou comodismo...
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